Quando
dizem que bebês nascem com chips e daqui alguns anos nascerão falando e
reclamando da vida, eu não duvido.
Meu
filho completou seis meses e já sabe expressar o quê quer como quer e quando
quer alguma coisa. Sim, meu Deus! Ele tem só seis meses e já é um rapaz! Eu
fico assustada com a evolução diária do meu filhote que chega a doer porque eu
não estou ali para acompanhar tudo de perto.
A
licença maternidade terminou e a culpa veio no mesmo balaio: eu não tenho tempo
de ver meu filho crescer! Essa é a real situação. Mas falaremos disso depois, a
tal da “culpa” e todo o mal que essa sensação consegue trazer o íntimo do nosso
ser.
Meu
filho já consegue comer alimentos “de gente grande” e faz isso com prazer. Se
ele vê alguém com um prato e talher, ele também quer participar e socializar à
mesa. “Ora bolas! Sou da família também! Me dá um prato aí mamãe!”
Acredito
que ele deva pensar assim, tanto é que comprei uma daquelas cadeiras para
alimentação e ele adora ficar sentado por lá comendo e batendo a mãozinha na
mesa. (mãe babona).
Meu
único problema é que tudo que eu o vejo fazendo (e que para quem cuida dele é
normal), vou gravar um vídeo para assistir depois e claro, mostrar para meus
amigos e postar no Facebook.
Vídeos
do tipo: olha o Pedro derrubando tudo! Em vez de ir lá e tirar ele da situação,
nãoooooooo, a mãe dele grava ou tira foto para depois socorrer o menino! rsrs
Vejam
só: esses dias meu filhote estava no colo, mal conseguia segura a cabeça e
agora já bate na mesa e faz um “nhemnhem” quando não gosta de alguma posição ou
quer sair para “ver o mundo”, vulgo, ir na porta de casa.
Sim!
Eles crescem muito rápido e meu maior medo era não poder acompanhar ele durante
esse processo de desenvolvimento e o que era medo virou realidade e eu não
consigo acompanhar meu filho. Acho que por isso gravo tudo em vídeo para que,
pelo menos, eu possa ter o registro de algum pedaço desse tempo corrido entre a
hora do almoço e um abraço, “faltam 10 minutos para sair de casa” e um cafuné e
ainda, “passei aqui rapidinho para te ver” e um “eu te amo muito meu filho”.
A rotina
nos priva de viver esses momentos únicos dos nossos pequeninos. O meu maior
alento é saber que pelo menos, todas as noites, eu posso colocar meu filho para
dormir e ser acordada por ele e seu sorriso mais gostoso. E que, por mais que
eu não tenha todo o tempo do mundo para ficar com ele (e como disse a minha
sogra), o que importa é a QUALIDADE desse tempo e não a QUANTIDADE.
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